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História Antiga do Município de Presidente Médici-RO

Em 1915 surgem os primeiros registros sobre a origem do município de Presidente Médici, da passagem da comissão de Rondon pela região. Dados constantes do relatório da Comissão de Rondon daquele ano informam que a região era habitada por seringueiros e trabalhadores do seringal São Pedro do Muqui. A região permaneceu praticamente imutável até a abertura da rodovia federal BR 364, do início do incentivo à colonização do Estado de Rondônia e da região Norte do país.

Os primeiros colonos chegaram ao local da margem da rodovia BR 364, a partir da década de sessenta, instalando-se em quatro barracas ao lado do lamaçal que cobria a estrada. A localidade ficou conhecida como "Trinta e Três" por estar a 33 km da "Vila de Rondônia", atual cidade de Ji - Paraná.

 

A imigração ficou mais intensa a partir de 1970, onde originou os conflitos litigiosos com o proprietário das terras, Sr. José Milton de Andrade Rios, que acusava os colonos imigrantes de grileiros e invasores de suas terras. As terras ocupadas pelos colonos estavam situadas entre os igarapés Preto e Leitão, que segundo o pretenso proprietário, faziam parte da Fazenda Presidente Hermes, de sua propriedade.


O INCRA tentava impedir a fixação dos colonos no local por não haver uma definição sobre a posse de terras, quanto se era do senhor Milton Rios ou da União. O lugarejo crescia com a chegada de novos colonos. Diante da situação, o INCRA/RO criou o setor Leitão que era uma extensão do Projeto Integrado de Colonização Outro Preto para assentar dentro das normas os colonos. O vilarejo ficou como sede do projeto que surgia.

No primeiro semestre de 1972, a população do vilarejo atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligava Cuiabá/MT a Porto Velho/RO faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila, e já elevado à categoria de subdistrito. Os pioneiros discutiam o novo nome do lugar em substituição ao "Vila 33" e colocavam placas em frente de suas casas sugerindo os mais diversos nomes como: Nova Canaã, Nova Jerusalém e outros. Por um plebiscito escolheram um nome dentre vários apresentados, como Getúlio Vargas, Presidente Médici, Fátima do Norte, Cruzeiros do Sul, além de Nova Canaã e Nova Jerusalém, tendo saído vencedor o nome do presidente da república da época, Emilio Garrastazu Médici, confirmado em 30 de julho de 1973 pelo governador do território de Rondônia, Teodorico Gahyva. O povo chamava o povoado de "péla jegue" em sentido pejorativo.

 

As autoridades em conjunto com a população passaram a analisar todas as possibilidades de conseguir a transformação do subdistrito em distrito. Foi convocadas uma reunião com a comunidade, para escolher um grupo de pessoas que ia defender seus interesses. Surgiu a "Sociedade amiga da vila". Com o novo nome de Presidente Médici o povoado foi elevado à categoria de distrito do município de Ji - Paraná no dia 30 de janeiro de 1978 pelo Decreto - Lei nº 81.272.

 

Em decorrência do seu desenvolvimento sócio econômico, foi o distrito de Presidente Médici elevado à categoria de município, pela Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, assinada pelo então Presidente da República, João Batista de Figueiredo, mantendo o mesmo nome com as áreas desmembradas do município de Ji - Paraná.

Em cumprimento às Leis nº 103, de 20 de maio de 1986; 157, de 19 de junho de 1987 e 604, de 10 de abril de 1995, o município cedeu área territorial para criação dos municípios de: Alvorada D’Oeste, Nova Brasilândia D’Oeste e Ministro Andreazza, respectivamente. A lei nº 493, de 9 de julho de 1993 prevê a cessão de área territorial do município de Ministro Andreazza para Presidente Médici.

 

Significado do Nome

Os pioneiros discutiam o novo nome do lugar em substituição ao Vila 33 e colocavam placas em frente de suas casas sugerindo os mais diversos nomes como: Nova Canaã, Nova Jerusalém e outros. Por um plebiscito escolheram um nome dentre vários apresentados, como Getúlio Vargas, Presidente Médici, Fátima do Norte, Cruzeiro do Sul, além de Nova Canaã e Nova Jerusalém, tendo saído vencedor o nome do presidente da república da época, Emilio Garrastazu Médici, confirmado em 30 de julho de 1973 pelo então governador do território de Rondônia, Teodorico Gahyva. Apesar do nome escolhido o povo, chamava o povoado de péla-jegue em sentido pejorativo, mas com o decorrer do tempo caiu em esquecimento.

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Município de Presidente Médici, na década de 80 e 90

Revista Isto é - Presidente Médici (Reportagem do início da década de 1990)

 

Emancipado a 16 de junho de 1.981, esta pitoresca* cidade de Rondônia está localizada entre Ji-Paraná e Cacoal, no centro do Estado, e distante 400 Km da capital, bem às margens da BR 364 que leva ao Acre e ao Amazonas, com promessa futura de tornar-se o grande corredor que transportará toda produção agrícola do Centro Oeste até o Pacífico.

 

Presidente Médici é igualmente rota para Costa Marques, fronteira com a Bolívia, que se pode alcançar pela BR 429, atravessando o decantado Vale do Guaporé, com suas reservas ecológicas, indígenas e biológicas

 

Os solos predominantes no Município são de boa porosidade e uma fertilidade aparente. O relevo apresenta-se plano em quase sua totalidade e o clima é o do tipo equatorial úmido, com temperatura máxima de 35ºC e o período mais quente do ano vai de agosto a setembro. A umidade relativa do ar está em torno de 80%. A vegetação é do tipo floresta sub-caducifólica Amazônia e sua hidrografia registra a presença de inú­meros igarapés, além do Rio Machado que é o de maior abundância em Presidente Médici. Os limitadores naturais são o Rio Machado ao Sul e pequena cadeia de morros ao norte. Por isso a topografia é favorável ao escoamento das águas pluviais e o lençol freático é baixo (10 a 20). Com o solo apresentando boa permeabilidade e, consequentemente, boa capacidade de absorção.

 

Além do trecho da BR 364 que corta a cidade, Presidente Médici conta com suas principais ruas e avenidas asfaltadas e em bom estado de conservação. A topografia favorece a conservação da malha viária, pois, como se disse, o escoamento das águas pluviais raramente a danificam. A cidade conta ainda com energia elétrica, iluminação pública, serviços telefônicos DDD e DDI, retransmissão de três canais de televisão e recebe dois jornais diários da Capital.

 

A população do Município está hoje estimada em 60.000 habitantes, dividida em 20 mil na área urbana e o restante na área rural. Exceto quando da presença de fazendas localizadas próximo a BR 364, ao sul do Mu­nicípio, a população da zona rural apresenta-se com uma distribuição bastante homogênea.

 

A origem desta população é predominantemente de imigrantes de outros Estados da Federação, e sempre dos setores rurais, tendo feito a opção por Presidente Médici unicamente para se dedicarem ao setor primário, razão pela qual, mesmo residindo na área urbana, a maior parte mantém estreito vínculo com a zo­na rural.

 

Estão localizados no Município, dois Núcleos Urbanos de Apoio Rural, os chamados Nuares, O Novo Riachuelo, com uma população aproximada de 12.000 habitantes, localizado a 45 quilômetros da BR 364; e o Estrela de Rondônia, com 15.000 habitantes, há apenas 9 quilômetros da BR. Estes Nuares dispõem de serviços básicos como energia elétrica, água tratada, escolas, postos de saú­de, telefone e cooperativa agrícola. Representam também importantes centros de produção agrícola para o Município.

 

Para 9.000 alunos, o Município conta com 323 professores, distribuídos em seis escolas de 1º Grau e uma de 2º Grau na área urbana, noventa e três na área rural e um Instituto de Ensino Supletivo.

 

O sistema viário compõe-se de estradas vicinais com aproximadamente 1.000 quilômetros de linhas abertas, que são normalmente trafegáveis no período de estiagem e problemáticas na época das chuvas. Esta situação, contudo, vem sendo melhorada a cada ano, com as sucessivas compactações e aberturas de novas estradas.

 

Na sede do Município há 36 quilômetros de ruas abertas, para 6,5 Km de ruas asfaltadas, que apresentam boas situação de conservação. Duas empresas interestaduais atendem os pas­sageiros que se deslocam para o norte e sul do país; União Cascavel e Colibri, ambas com frotas modernas de ônibus comuns, leito e Executivo. E uma empresa, Rondotur, é responsável pela cobertura das linhas rurais do Município.

 

A população de Médici é acentuadamente religiosa. Pelos dados genéricos levantados em julho de 1.989, aproximadamente 60% da população é protestante, com predominância para a denominação Assembleia de Deus que somente em dois templos, na área urbana, congrega mais de 3.000 membros. Os católicos respondem por aproximadamente 35%, ficando o restante para outros credos.

 

A maior perspectiva do Município é a industrialização. A mão de obra de baixo custo é grande na região. A localização oferece perspectiva para atingir mercados da Bolívia, através da BR 429, para todo o interior de Rondônia, Acre e Amazonas.

 

Indústrias de alimentos, bebidas e confecções de tecidos representam um excelente investimento para a região. Igualmente as portas estão abertas para indús­trias de transformação de base e, a presença de um rebanho em torno de 100.000 cabeças de gado, tem oferecido ótimas oportunidades para a implantação de indústrias de derivados de leite.

Como estímulo para a implantação do seu parque industrial, a Prefeitura de Presidente Médici oferece aos interessados áreas de diferentes tamanhos, de acordo com o ramo, a ser explorado, serviços de terraplenagem, isenção de impostos, rede de energia elétrica e outras vantagens.

 

Essa reportagem foi encontrada em um jornal que circulava na região, infelizmente não temos o nome do jornal nem a data precisa. 

* Uma cidade pitoresca é aquela que possui características visuais e estéticas que a tornam encantadora e atraente. Geralmente, isso inclui elementos como ruas de paralelepípedos, casas coloridas e um ambiente acolhedor. O termo é frequentemente utilizado em turismo, referindo-se a locais que atraem visitantes em busca de experiências visuais e culturais únicas. Além disso, "pitoresco" é um adjetivo que descreve algo que é visualmente atraente e charmoso, evocando imagens de paisagens idílicas e pequenas vilas.

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